sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Pós plantão


Ontem acordei cantando. Hoje não. Hoje acordei dormindo.

Exausta

Tornei-me médica de suspiros. Instantes de descanso. Descaso com minha sombra, desleixo com minha dor. Desbotada está minh'alma. Ressequida, restrita, ressentida. Me divido em três - eu que trabalha, eu que sonha, eu que não dorme. Ainda bem que inventaram a base de efeito bronzant...

domingo, 13 de janeiro de 2008

Geralmente


Desparafusei os pés do chão e me deixei carregar pela brisa. O dia acordou sorrindo, um cafuné virtual resvalou meu sono. Só mais dez minutos - e em dez minutos coube uma vida inteira. Hoje a manhã já era à tarde. E nesse mundo inventado eu voltei a ser princesa da terra das orquídeas. Nesse preciso e fugaz instante, a saudade de quem eu fui se acercou da alegria de quem estou.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Te amo até a última gota
escorrer dos meus olhos
e molhar teus pés
Daí em diante
não te amo mais
porque me deixaste seca
de saudade e de ternura

Chocólatra

.

Chocolate é um abraço
Carregado de calorias...
.
.

Concerto




Ária é o som que um coração faz
quando desabrocha
Ópera é quando vários corações
resolvem florir juntos

Sobre a tristeza

Vivemos todos debaixo de máscaras
Maquiagem perene
Pena que a minha não é à prova d'água

Sobre escrever

Escrever é transformar delírios em decassílabos...
Tênue diferença entre o querer e o precisar. Subtil, sublime, subjetiva. O amargo do teu beijo ainda cheira a saudade. Mergulha teu punhal no mel, fere-me sem que o saibas. Como nem tomaste conhecimento da minha dor? Choro em silêncio pra que não despertes... Eu te amaria pra sempre se tu assim mo permitisses. Rodeiam-me gentes nas quais me escondo. Estou alhures, fugi de mim, ninguém nota. Gritei com toda a força dos meus pulmões e não me saiu som nenhum. Falta-me o verbo, sobram os adjetivos. Até o espelho se enganou, refletiu uma alma que não era a minha. Maquino vinganças que terminam em abraços. Nem tristeza, nem raiva. Angústia.