domingo, 17 de agosto de 2008

Jardinagem explícita


No caminho espiral que minhas digitais impõem é que percebo: o princípio e o fim são os mesmos. Hoje o desejo intenso da filha que eu não tive me tomou de uma maneira que só quem nunca foi mãe poderia entender. Se eu pudesse cuidar de alguém, ah!, não precisaria olhar pra mim. Poderia amar sem fim, sem explicação e sem temor. Então eu seria mais forte, eu não me venderia por tão pouco. Nasceu uma flor no meu dedo. A flor e seu espinho são meus, são tudo o que eu posso ser.

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